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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Álbum solo 'Fogueira doce' acende parceria de Mateus Aleluia e Brown


Texto: Mauro Ferreira
Fonte: G1.Globo.com
Foto: Reprodução
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)




Projetado como integrante do grupo baiano Os Tincoãs na década de 1970, Mateus Aleluia – cantor, compositor e músico nascido há 73 anos na cidade de Cachoeira (BA), no Recôncavo – está lançando o segundo álbum solo.

Sucessor de Cinco sentidos (2010), Fogueira doce foi gravado em 2016, com produção de Alê Siqueira. O disco chega às plataformas digitais em fevereiro deste ano de 2017, mês em que também sai em edição física em CD.






Em sintonia com o efetivo lançamento do álbum Fogueira doce, Mateus Aleluia começará a promover o disco com show, saindo em turnê cuja rota inicial é a cidade do Rio de Janeiro (RJ).

A primeira apresentação do show Fogueira doce está programada para 15 de fevereiro na Sala Multiuso do Sesc Copacabana.

Álbum de repertório autoral, Fogueira doce reacende o som afro-brasileiro-barroco de Aleluia através de músicas compostas pelo artista solitariamente (Bahia... Bate o tambor, Eu vi Obatalá e a música-título Fogueira doce, entre outras) e com parceiros como Carlinhos Brown (Convênio no Orum) e Dadinho (integrante d'Os Tincoãs e coautor no disco Fogueira doce das músicas Obatotô e Filha! Diga o que vê?).



(Crédito da imagem: capa do álbum Fogueira doce, de Mateus Aleluia)



segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Biografia de Clementina é (re)lançada 30 anos depois da morte da cantora

Texto:  Mauro Ferreira.
Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL




Editado em 2012 de forma independente e restrita, como resultado da conclusão de trabalho feito por quatro jornalistas na Universidade Metodista de São Paulo, o livro Quelé, a voz da cor – Obra e legado de Clementina de Jesus está sendo relançado em escala nacional neste mês de janeiro de 2017 pela editora Civilização Brasileira, do Grupo Record.










Com outra capa e outro subtítulo (o atual é Biografia de Clementina de Jesus), o livro de Felipe Castro, Janaína Marquesini, Luana Costa e Raquel Munhoz conta a vida e obra da cantora fluminense Clementina de Jesus (7 de fevereiro de 1901 – 19 de julho de 1987). Primeira biografia da artista, o livro é relançado 30 anos após a saída de cena dessa cantora revelada em 1964 por Hermínio Bello de Carvalho.

Elo entre o Brasil e a ancestralidade africana, Clementina lançou onze álbuns entre 1965 e 1982, sendo que alguns desses belos discos foram trabalhos coletivos.

No livro, que expõe na contracapa breves depoimentos de Teresa Cristina e Paulinho da Viola, os autores detalham os discos, as glórias e as lutas de Clementina de Jesus, uma das cantoras mais importantes do Brasil.





(Crédito da imagem: capa do livro Quelé, a voz da cor – Biografia de Clementina de Jesus)



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Single com dois remixes recicla 'Me libera nega', sucesso de MC Beijinho

TextoMauro Ferreira
Fonte: G1.Globo.com
Imagens: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

(Crédito da foto: montagem com as capas dos singles
Me libera nega e Me libera nega – Remixes)


Candidata ao posto de maior sucesso do Carnaval de Salvador (BA) neste ano de 2017, a música Me libera nega está sendo reciclada em single duplo editado com dois remixes do tema de autoria do cantor e compositor baiano Ítalo Gonçalves, conhecido artisticamente pelo nome de MC Beijinho.

O single duplo Me libera nega – Remixes está nas plataformas digitais desde ontem, 20 de janeiro.

Levada originalmente na batida do samba-reggae, a música ganhou projeção em novembro de 2016 quando foi cantada por MC Beijinho diante das câmeras de uma emissora de TV enquanto o artista estava sendo preso em flagrante pela tentativa de roubar um celular.




De olho no lance comercial, a gravadora Sony Music produziu uma gravação de estúdio de Me libera nega, editada em single em 19 de dezembro. Uma semana depois, em 27 de dezembro, MC Beijinho lançou o clipe da música no YouTube e, aos poucos, a música virou viral, a ponto de ter sido cantada por Caetano Veloso em vídeo postado na web na primeira semana deste mês de janeiro.

Os dois remixes do single duplo (um se chama Percussive mix e o outro é simplesmente intitulado Remix) preservam a arquitetura básica da música.




sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Carlinhos Brown anuncia novo evento de verão: 'Enxaguada de Yemanjá'

Fonte: IBahia.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

O cantor também celebra o sucesso da música 'Pra Vizinho Olhar', composição do baiano com Arnaldo Antunes



Carlinhos Brown acaba de anunciar um novo evento, a 'Enxaguada de Yemanjá'. O evento acontecerá no próximo dia 2 de fevereiro, na Vila Caramuru (antigo Mercado do Peixe).

Os ingressos custam R$ 80 (preço único).

O cantor também celebra o sucesso da música 'Pra Vizinho Olhar'. A canção é uma composição do baiano e Arnaldo Antunes e está no álbum 'ARTEFIREACCUA – Incinerando o Inferno' (2016). A música é uma homenagem aos 50 anos de carreira de Maria Bethânia.





Do caldeirão criativo do Cacique, também acaba de nascer a Mukindala, banda percussiva afro-brasileiro com linguagens rítmicas, com foco no parambandam, ritmo afiliado do merengue. Na sua formação, oito músicos e dois vocalistas, Paula Sanffer e Rafa Chagas. A eles, na linha de frente, junta-se o percussionista Gato Preto.






quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Apenas 77 pessoas de mais de 6 milhões tiraram nota máxima na redação do Enem

Texto: Mariana Tokarnia, da Agência Brasil

Fonte: IBahia.com
Imagens: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

A prova de redação é a única de caráter subjetivo no Enem



Apenas 77 pessoas tiveram nota mil, a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme balanço divulgado hoje (18) pelo Ministério da Educação (MEC). O número de notas máximas foi bem abaixo das 104 registradas em 2015. De acordo com o MEC, 6,1 milhões de estudantes fizeram o exame em 2016.

Os temas das redações do Enem foram "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, nos dias 5 e 6 de novembro, quando a maior parte dos candidatos fez a prova; e “Caminhos para combater o racismo no Brasil”, nos dias 3 e 4 de dezembro. Em 2016, devido às ocupações de escolas e universidades por grupos contrários a mudanças educacionais no Brasil, o Enem foi adiado para alguns participantes.





“Acho que é algo absolutamente esperado. Como tem populações diferentes todos os anos fazendo o Enem, essa comparabilidade de medias tem que ser cuidadosa porque as populações são diferenciadas”, ponderou em coletiva de imprensa a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini.

Para a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, o desempenho na redação está também ligado ao desempenho em linguagens. A prova de linguagens, no Último Enem, registrou a menor nota mínima (287,5) e a menor nota máxima (846,4). “Há, claramente, um desempenho mais insuficiente em linguagens do que nas outras áreas, o que reforça o que as avaliações nacionais já indicam, que é a enorme dificuldade de leitura e escrita dos nossos alunos”, segundo a secretária.

A prova de redação é a única de caráter subjetivo no Enem. Os estudantes são avaliados, entre outros critérios, quanto ao domínio da escrita formal da língua portuguesa, à compreensão e aplicação de conceitos nas áreas de conhecimento, à organização e interpretação de informações e à elaboração de proposta de intervenção.




Menos redações nota mil

A queda no número de redações nota mil vem sendo constatada ano a ano. De acordo com dados do ministério, o número de redações nota mil equivale a 0,001% dos que fizeram a prova. Em 2015, as 104 redações com nota mil representaram 0,002% do total de participantes do exame. Em 2014, foram 250 candidatos com nota mil, equivalentes a 0,004% dos participantes da prova. Em 2013, o número foi ainda maior: 481 candidatos obtiveram nota mil na redação, ou 0,009% do total.

Mesmo com queda na quantidade de notas máximas, o grupo que tirou entre 901 e 999 aumentou em relação ao ano anterior. Foram 55.869 provas nessa faixa de notas, ante 47.770 em 2015 e 35.719 eno Enem de 2014.

Na outra ponta, segundo o MEC, 291.806 candidatos tiraram nota zero ou tiveram a redação anulada no ano passado. Eles não poderão participar dos programas de seleção para vagas no ensino superior da pasta este ano.

Provas do Enem

O MEC divulgou os desempenhos máximos e mínimos em cada prova do Enem. Na avaliação do Inep, o desempenho dos participantes, especialmente dos concluintes do ensino médio, mantém-se constante desde 2008. “O desempenho em todas as áreas está absolutamente estagnado. Não estamos conseguindo fazer com que nossos estudantes do ensino médio aprendam”, afirmou Maria Inês.

Em ciências humanas, a maior nota foi 859,1 e a menor 317,4; em linguagens, as notas variaram entre 287,5 e 846,4; em matemática, a variação foi entre 309,7 e 991,5; e em ciências da natureza, entre 316,5 e 871,3.

Considerando a média total, os participantes obtiveram as maiores médias em ciências humanas (533,5), seguindo-se linguagens (520,5), matemática (489,5) e, por último, ciências da natureza (477,1).

Dos 8.630.306 inscritos no Enem-2016, 2.494.294 (28,90%) faltaram ao exame. Além disso, 3.942 (0,05%) foram eliminados no primeiro dia e 4.780 (0,06%), no segundo dia, por desrespeitar as regras do exame, seja por preencher incorretamente o cartão de respostas ou portar materiais indevidos..





sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Dez anos após fim da dupla, 5 discos de Sandy & Junior chegam ao streaming

Fonte: musica.uol.com.br 
Do UOL, em São Paulo
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

24.dez.2016 - Sandy e Junior posam juntos durante a ceia de Natal da família Lima. imagem: Reprodução/Instagram


Um simples tuíte da gravadora Universal abalou os fãs de Sandy & Junior nesta quinta-feira (12). "Fãs de Sandy & Junior, chamem todo mundo e juntem aqui que temos novidades", dizia a mensagem.

Muitos seguidores cogitaram a volta da dupla de irmãos, que encerrou a carreira há dez anos, em 2007, mas uma hora depois foi revelado que alguns discos que faltavam seriam liberados nas plataformas digitais.

Os discos "Aniversário do Tatu" (1991), "Sábado à Noite" (1992), "Sonho Azul" (1997), "Era Uma Vez" (1998) e "Sandy & Junior Internacional" (2002) serão liberados na íntegra em serviços como o UOL Música Deezer, Spotify, e Apple Music a partir de sexta-feira (13). Segundo a gravavadora, esse era um pedido antigo dos fãs, que seguem fieis aos artistas mesmo em carreira solo.

Entre discos de estúdios, EPs e ao vivo, Sandy & Junior acumularam 16 trabalhos lançados entre 1991 e 2007, ano em que encerraram a parceria. No entanto, nem todas as músicas lançadas nos 16 anos de carreira da dupla estavam disponíveis nos serviços de streaming.

Atualmente, Sandy está em turnê pelo Brasil com seu último disco, "Meu Canto", lançado em junho do ano passado no formato CD e DVD. Júnior investe no recém-lançado projeto de música eletrônica chamado "Manimal". Ele também compartilha sua rotina de gravações com os fãs em uma websérie exibida no YouTube.




quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Fhernanda regrava um Gonzaguinha raro na contramão de álbum autoral

Texto: Mauro Ferreira
Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

 (Crédito da imagem: capa do álbum Na contramão do tempo. Arte de Giulia Fernandes. Fhernanda Fernandes em foto de Shelyah Masry)


Quinto álbum de Fhernanda Fernandes, lançado nesta primeira quinzena de janeiro de 2017, Na contramão do tempo já sinaliza no título os caminhos intencionalmente seguidos por essa cantora e compositora carioca que iniciou carreira fonográfica em 1980 com a gravação e edição de compacto que destacou Devassa (Wania Andrade e Solange Boeke), música defendida pela artista no festival MPB–80 (TV Globo).

Gravado em 2016, ano em que Miriam Tereza Meira Fernandes festejou seis décadas de vida, Na contramão do tempo é disco feito sob a direção musical do guitarrista Pedro Braga, autor dos bons arranjos. A propósito, o toque incisivo da guitarra de pegada roqueira tocada por Braga em Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, 1960) valoriza a regravação desse samba-canção passional como o cancioneiro autoral de Fhernanda Fernandes, como mostra a música-título Na contramão do tempo (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares) já na abertura do disco.

No álbum Na contramão do tempo, a cantora dá voz a seis parcerias com Luly Linhares, casos do samba Simplesmente você e do tango Fatal, entre duas regravações. A lembrança mais surpreendente é a de Morro de saudade, música do compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Jr., o Gonzaguinha (1945 – 1991), gravada em 1987 pelo autor e por Gal Costa (no controvertido álbum Lua de mel como o diabo gosta), mas nunca mais registrada por outro intérprete em disco. Na regravação de Fhernanda, a percussão de Sidnei Cajon gera clima flamenco na introdução da faixa.



 


Contudo, mais luminosa é a parceria de Fhernanda com Pedro Braga, Sol em mim, destaque do repertório autoral do álbum Na contramão do tempo ao lado da canção Seja bem-vindo (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares), gravada em tom de câmara com os toques do piano de João Carlos Coutinho – piano límpido e preciso também ouvido em Eu sou assim (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares) – e do cello de Iura Ranavsky.

O disco é encerrado com o samba Pode ser, parceria de Fhernanda com Sarah Benchimol composta com suingue, mas no mesmo clima passional e apaixonado do tema de abertura deste bom álbum em que a cantora e compositora carioca faz música no próprio tempo, na contramão dos sons e modas do mercado fonográfico. (Cotação: * * *)





terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Com produção do filho Bem, Gil grava álbum de músicas inéditas e autorais

Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL



Ao longo de 2016, Gilberto Gil aumentou a produção de composições autorais.

Compôs música para a primeira bisneta (Sol de Maria, homenageada com a canção Sol de Maria da Dinda), criou nova canção para a musa amada Flora Gil (Na real), fez um samba de roda para Roberta Sá (Giro, previsto para ser incorporado ao roteiro do show em que a cantora promove o CD e DVD Delírio no Circo) e elaborou tema para o violonista Yamandu Costa.



Todas estas músicas ganharão registros de Gil no álbum que o cantor, compositor e músico baiano gravará neste ano de 2017, com produção do filho Bem Gil.

Também estão previstas no repertório autoral do álbum algumas músicas de Gil já gravadas por outros artistas, mas ainda inéditas na voz do compositor.


 

(Crédito da imagem: Gilberto Gil em foto de divulgação de Daryan Dornelles)






domingo, 8 de janeiro de 2017

A música natural de Lili

Texto: Antônio Carlos Miguel.
Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL



Em meio à fornalha que tem sido o cotidiano desse início de janeiro, também pude conversar por telefone com a cantora e compositora Lili Araujo, reouvir seu trabalho e de parceiros - como Alegre Corrêa, genial compositor, violonista, cantor que o Brasil ignora. 

Lili fez um dos melhores discos de 2016, mas não botei “Bem natural” na minha lista, para o desalento de Daniel Achedjian, o belga que mais entende de música brasileira contemporânea no mundo:

“Olá, Antonio, fiquei surpreso que o disco de Lili Araujo não chamou sua atenção… Desde que o escuto, não consigo achar o ponto fraco…” , comentou/cobrou por mensagem Achedjian e, depois, pude confirmar seu entusiasmo por “Bem natural” ao checar o balanço de 2016 no site que edita, Tropicalia MPB: http://www.tropicalia.be/site/ .

Mas, como expliquei ao brazilianista belga, deixei “Bem natural” de fora pelo fato de ter feito o texto de divulgação. Mas, sim, é título que se destacou no ano que passou...

Em meados de 2008, fui um dos surpreendidos pelo disco solo de estreia de Lili Araujo, “Arribação”, numa MPB de pegada jazzística, com repertório quase todo inédito, dela ou de amigos. Quatro anos depois, manteve padrão com “Casa aberta”. E, antes de voltar com “Bem natural”, fez, em 2014, o disco “Passageiros” em parceria com Gustav Lundgren, guitarrista, violonista e compositor sueco apaixonado pela música brasileira. Procurada pela internet, Lili letrou quatro músicas de Lundgren, foi aprovada e fez mais oito. Mas só veio a conhecer pessoalmente o parceiro quando este veio ao Brasil para as sessões de estúdio de “Passageiros”.

Neta de portugueses, 34 anos, Lili conta que a música popular era artigo raro em sua casa. 

“Meu avô era flautista, mas ao chegar ao Rio, imigrante pobre, foi trabalhar como garçom, no Nova Capela (tradicional reduto de músicos e boêmios na Lapa carioca). Meu pai, matemático, só ouvia música clássica. Mas, tínhamos em casa um disco de Bituca (Milton Nascimento) e aquele do Chico com a samambaia na capa (o de 1978, com, entre outras, 'Feijoada completa', 'Pivete' e 'Homenagem ao malandro'), que eu ouvia sem parar”.

Referências que, como se ouve nesses quatro álbuns, deixaram marcas. Ainda criança, dizia que iria ser concertista e, num piano de brinquedo, tirava de ouvido as músicas. Aos 7 anos, a família passou um temporada em Paris e, por um ano, ela teve aulas de violino na escola. De volta ao Rio, aos 10 anos, ficou com o violão velho do pai e, seis anos depois, entrou para Escola Villa-Lobos, onde fez curso de flauta.

“Nessa época, via alguns amigos começando a compor. Até que, durante uma aula, um professor mostrou uma progressão harmônica que não poderia ser usada. Em casa, fiz uma música com tudo que não podia, mostrei para uma amiga, Kalu Coelho, ela gostou e me ajudou a completar. Levei para o professor, que foi obrigado a concordar que dava para usar a tal progressão”.

Aos 21 anos, após passar para o curso de música da Uni-Rio, Lili acabou trocando a faculdade por Viena, onde o então namorado tinha recebido uma bolsa para estudar violão clássico. Viagem que acabou tendo influência decisiva em sua carreira, ao conhecer na cidade austríaca o compositor e violonista Alegre Corrêa, gaúcho de Passo Fundo que passou duas décadas por lá, onde fez parte do grupo Syndicate, do tecladista Joe Zawinul (um dos fundadores do principal grupo do jazz fusion, Weather Report).

“Meu namorado estudava dez, 12 horas por dia e eu não aguentava mais ouvir aquilo. Daí, comecei a passar horas na casa de Alegre, que era nosso vizinho. Ele foi a minha melhor faculdade, quem me incentivou a compor mais, parceiro em meus dois primeiros discos”.

Com a ajuda de, entre outros,
Alegre (que, há cerca de seis anos voltou para o Brasil e agora vive em Florianópolis) e do guitarrista carioca Marcos Amorim, Lili gravou seu primeiro CD, “Arribação”, editado em 2008 na Europa (pelo selo de Alegre Correa) e no Brasil. Nesse mesmo ano, voltou ao Rio, onde, em 2012, lançou “Casa aberta”, este, em produção musical dividida com o violonista e guitarrista Daniel Santiago e a participação de instrumentistas como Rafael Barata (bateria), Guto Wirti (contrabaixo), Vitor Gonçalves (piano), Eduardo Neves (flauta) e a participação especial de João Donato (em “Não tem nada não”, de Donato, Eumir Deodato e Marcos Valle). 

Grande música brasileira, passando por samba e choro em pegada jazzística, que ganhou no encarte aplausos de Joyce Moreno: “Canções boas de serem ouvidas. Linda voz, madura e pronta para saborear as canções, com conhecimento de causa. A impressão que deixa, ao final de uma primeira audição, é de que ela sabe exatamente o que quer fazer - e faz.”

Agora, em “Bem natural”,
Lili assina sozinha letra e música das dez canções do disco, que foi produzido pelo baixista André Vasconcelos, também o arranjador de oito delas. Nas duas exceções, “Just me and you in Bahia” e “Verão", os arranjos ficaram nas mãos do saxofonista Henrique Band.

“Eu tinha pedido arranjos de sopros, em ‘Verão’, Henrique incluiu também um violoncelo e convidou Jaques Morelenbaum para gravar. Ele não me conhecia, mas gostou da música, adorou o arranjo e foi um amor”.

Jaques Morelenbaum gostou tanto que, agora, também é um dos convidados do show de lançamento. No palco do Sérgio Porto, Lili (voz e violão) será acompanhada por alguns dos instrumentistas que participaram das sessões no estúdio, incluindo Michael Ruzitschka (direção musical, violão e guitarras, este um austríaco radicado em São Paulo há 11 anos), Henrique Band (sopros), Rodrigo Tavaves (teclados) e ainda o baixista Rodrigo Villa.

Para aqueles que não se satisfazem com a sofrência sertaneja que assola o país, “Bem natural” é forte antídoto, solar e musical.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Turnê: Caetano apresenta Teresa terá data extra

Fonte: IBahia
Fotos: Reprodução
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

Evento acontece na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, com dois shows em um.


A passagem da turnê Caetano apresenta Teresa pela Concha Acústica do Teatro Castro Alves em Salvador terá data extra: 21 de janeiro.

O espetáculo terá transmissão ao vivo pelo Canal Bis à partir das 19h00 - horário local e 20h00 para os estados com horário de verão.



A sambista abre a noite cantando o repertório de Cartola acompanhada pelos acordes precisos de Carlinhos 7 Cordas.

Em seguida, Caetano apresenta seu repertório em formato voz e violão.

A noite se encerra com os dois cantando juntos grandes sucessos do cantor baiano.


Serviço
Caetano apresenta Teresa

Lançamento do álbum Teresa Canta Cartola em Salvador 
Quando: 21 de janeiro, às 19h00
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Ingressos: Plateia: 110,00/inteira e R$ 55,00/meia
e Camarote: R$ 220,00/inteira e R$ 110,00/meia

Vendas: TCA, SAC SHOPPING BARRA E BELA VISTA, INGRESSORAPIDO.COM.BR









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