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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Fhernanda regrava um Gonzaguinha raro na contramão de álbum autoral

Texto: Mauro Ferreira
Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

 (Crédito da imagem: capa do álbum Na contramão do tempo. Arte de Giulia Fernandes. Fhernanda Fernandes em foto de Shelyah Masry)


Quinto álbum de Fhernanda Fernandes, lançado nesta primeira quinzena de janeiro de 2017, Na contramão do tempo já sinaliza no título os caminhos intencionalmente seguidos por essa cantora e compositora carioca que iniciou carreira fonográfica em 1980 com a gravação e edição de compacto que destacou Devassa (Wania Andrade e Solange Boeke), música defendida pela artista no festival MPB–80 (TV Globo).

Gravado em 2016, ano em que Miriam Tereza Meira Fernandes festejou seis décadas de vida, Na contramão do tempo é disco feito sob a direção musical do guitarrista Pedro Braga, autor dos bons arranjos. A propósito, o toque incisivo da guitarra de pegada roqueira tocada por Braga em Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, 1960) valoriza a regravação desse samba-canção passional como o cancioneiro autoral de Fhernanda Fernandes, como mostra a música-título Na contramão do tempo (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares) já na abertura do disco.

No álbum Na contramão do tempo, a cantora dá voz a seis parcerias com Luly Linhares, casos do samba Simplesmente você e do tango Fatal, entre duas regravações. A lembrança mais surpreendente é a de Morro de saudade, música do compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Jr., o Gonzaguinha (1945 – 1991), gravada em 1987 pelo autor e por Gal Costa (no controvertido álbum Lua de mel como o diabo gosta), mas nunca mais registrada por outro intérprete em disco. Na regravação de Fhernanda, a percussão de Sidnei Cajon gera clima flamenco na introdução da faixa.



 


Contudo, mais luminosa é a parceria de Fhernanda com Pedro Braga, Sol em mim, destaque do repertório autoral do álbum Na contramão do tempo ao lado da canção Seja bem-vindo (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares), gravada em tom de câmara com os toques do piano de João Carlos Coutinho – piano límpido e preciso também ouvido em Eu sou assim (Fhernanda Fernandes e Luly Linhares) – e do cello de Iura Ranavsky.

O disco é encerrado com o samba Pode ser, parceria de Fhernanda com Sarah Benchimol composta com suingue, mas no mesmo clima passional e apaixonado do tema de abertura deste bom álbum em que a cantora e compositora carioca faz música no próprio tempo, na contramão dos sons e modas do mercado fonográfico. (Cotação: * * *)





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