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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Grammy 2017 terá batalha de Adele x Beyoncé... E um pouco de política

Fonte: G1.Globo.com (Agence France-Presse)
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL

Cerimônia acontece neste domingo (12) nos EUA com disputa das duas cantoras nas principais categorias. Artistas campeões de indicações já criticaram abertamente o presidente americano.


As divas Adele e Beyoncé se enfrentam neste domingo (12) nas três principais categorias do Grammy, os prêmios mais importantes da música, que podem servir de vitrine para a entrada das estrelas no tenso debate político americano.

Beyoncé, que lidera os Grammys com nove indicações, aparecerá em público pela primeira vez desde que revelou que está grávida de gêmeos do marido Jay Z, um anúncio que teve enorme repercussão na internet.

A cantora, de 35 anos, que ganhou fama com um pop temperado com R&B, foi mais ousada e provocativa em "Lemonade".


Beyoncé e Adele vão disputar principais prêmios do Grammy 2017 (Foto: Andrew Harnik e Joel Ryan/Arquivo AP Foto)




Na sua maior aproximação com o hip hop, Beyoncé flertou também com o rock e a música country, o álbum é uma exploração poética da experiência da mulher afro-americana, em que aborda temas duros como a infidelidade e a brutalidade policial.

Beyoncé ganhou 20 Grammys ao longo de sua carreira, mas, para a decepção de seus fãs, perdeu consistentemente nas categorias principais de Álbum do Ano e Gravação do Ano.

Em seu caminho para o gramofone dourado está Adele, que vai batalhar nas principais categorias com seu sucesso de vendas "25", que traz baladas cheias de mágoa e nostalgia, como a faixa "Hello".

"25" foi o disco mais vendido do mundo desde o último trabalho da cantora britânica, "21", que ganhou o prêmio de Álbum do Ano em 2012.




Beyoncé e Adele competem pelo prêmio principal com o rapper Drake, que quebrou recordes em plataformas de streaming com suas melodias dançantes.

Os outros grandes concorrentes nessa categoria são "Purpose", de Justin Bieber, em que o cantor reavivou seu som com a ajuda de produtores de música eletrônica, e "A Sailor's Guide to Earth", de Sturgill Simpson, que deu uma pincelada intelectual à música country com letras inspiradas na filosofia budista.

Trump na mira?

Muitos artistas convocados para o Grammy estão unidos não só pelo amor pela música, mas também pela rejeição ao presidente americano, Donald Trump. Beyoncé, Adele e Drake criticaram o discurso anti-imigrantes do magnata republicano.




O espetáculo de domingo contará com a participação cantoras que fizeram campanha para a candidata derrotada Hillary Clinton, como Katy Perry e Lady Gaga.

Desde a chegada de Trump ao poder, os artistas se dedicaram a criticá-lo. E o presidente, que é um consumidor ávido de televisão, não vacilou em contra-atacar pelo Twitter.

Espera-se que Perry estreie sua nova canção "Chained to the Rhythm", após o frenesi que criou com a "caça ao tesouro" que lançou no Twitter, dando pistas para os fãs chegarem a globos espelhados colocados em várias cidades do mundo, aos quais podiam conectar seus fones e escutar a nova canção.

Lady Gaga fará uma única e incomum participação na cerimônia, junto com a lendária banda de metal Metallica, uma semana depois de se apresentar no popular Superbowl para uma audiência de 117 milhões de telespectadores, onde ofereceu uma mensagem de aceitação social.

Volta dos robôs e homenagens

A cerimônia marcará o retorno aos palcos do Daft Punk, a dupla de música eletrônica francesa que sempre aparece com seus trajes de robô e que não toca em público desde os Grammys de 2014.








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